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Ataques hackers a 72 organizações são os maiores da história


Especialistas da companhia de segurança McAfee afirmam que descobriram a maior série de ataques cibernéticos vistos até hoje, que envolveram a infiltração em redes de 72 organizações, incluindo a ONU, governos e empresas ao redor do mundo todo.

A McAfee acredita que há um “ator estatal” por trás dos ataques, mas não quis nomeá-lo, embora um especialista em segurança disse que evidências apontam para a China.
A enorme lista de vítimas das invasões ao longo de cinco anos incluem os governos dos Estados Unidos, Taiwan, Índia, Coreia do Sul, Vietnã e Canadá, a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), o Comitê Olímpico Internacional (COI), a Agência Mundial Antidoping (AMA), e uma série de empresas.
No caso da ONU, os hackers invadiram o sistema durante o encontro mundial em Genebra, em 2008, e continuaram vasculhando os dados secretos por quase dois anos.
O que está acontecendo com todos esses dados ainda é uma questão em aberto. No entanto, isso pode já ter sido usado em negociações e para descobrir táticas de concorrentes, o que representa uma enorme ameaça econômica para as empresas afetadas.
A McAfee descobriu a extensão dos ataques hackers em março deste ano, quando os pesquisadores perceberam que as primeiras violações remontam a 2006 – embora possam ter havido outras invasões ainda não detectadas. Alguns dos ataques duraram apenas um mês, mas o mais longo – em um comitê olímpico de uma nação não identificada na Ásia – durou 28 meses.
Esta é a maior transferência de riqueza em termos de propriedade intelectual na história. Especialistas afirmam que é muito provável que a China esteja por trás da campanha porque algumas das redes invadidas tinham informações particularmente interessantes a Pequim. Os sistemas de vários comitês olímpicos nacionais foram violados na preparação para os Jogos de Pequim 2008, por exemplo. 

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